Nesta próxima sexta-feira (26 de Agosto) o MOFO retorna com a sua programação trazendo Hiroshima Mon Amour (1959), o primeiro grande filme de Alain Resnais e o primeiro grande roteiro de Marguerite Duras, famosa escritora francesa.
A sessão iniciará às 19 hs no Auditório do IFPR, na sede da João Negrão, n. 1285, com entrada franca e, após a exibição do filme, haverá um debate com a participação dos convidados especiais Andréa Cachel e Elder Elísio.
E nesta nova fase o MOFO está se transformando em um CineClube, realizado mensalmente e organizado pelos próprios alunos do Segundo semestre de Produção de áudio e vídeo.
Um filme maravilhoso, com um roteiro bem escrito e uma direção de fotografia impressionante, por ser em preto e branco o uso da iluminação com peso significativo na narrativa é algo lindo de ver.
ResponderExcluirIdeal para aqueles que apreciam diálogos apaixonados. O desenvolvimento do filme é lento e por vezes cansativo, mas não por isso deixa de apresentar metáforas e relações interessantes, como o relato de Elle e suas conturbações quando jovem, levando-a cortar radicalmente seu cabelo enquanto que Hiroshima era arrasada pela bomba.
ResponderExcluirMemória, recordações, passado e presente, assuntos sempre interessantes e complexos. Um filme por vezes entediante, mas que só pela inovação que trouxe para a época já merece ser visto. Um dos pioneiros no uso do flashbacks que o utiliza de maneira a levar a narrativa pra frente de forma inteligente e eficaz.
ResponderExcluirA melancolia do fim de um breve romance proibido juntamente com as memórias e as diferenças entre os personagens faz com que o filme a todo momento envolva o expectador. O uso de flashbacks torna o enredo não-linear e auxilia para que a melancolia não o deixe carregado. Com certeza, um filme para assistir mais de uma vez!
ResponderExcluirObra prima de Alain Resnais o filme é espetacular pela montagem (planos próximos, detalhes, fotografia ora dark, ora cheia de luz, contraste entre cenas longas e planos curtos), fragmentado na medida, juntando passado e presente paralelamente na tela. Enredo envolvente, roteiro bacana, interpretação dos atores, os diálogos simplesmente brilhantes. Eu prefiro filmes lineares bem definidos, com começo, meio efim bem estruturados, mas este entrelaça-os e encanta, definitivamente, envolvendo o espectador na trama melancolica, em francÊs ainda, muito sonoro. Apesar do timing slow, a quantidade de cenas intercaladas na tela incomoda um pouco, mas o filme sem dúvida é genial.
ResponderExcluirEsse filme é basicamente formado por três partes (não divididas) identificados como:
ResponderExcluirA primeira sendo documentário pois retrata toda a história terrível que a bomba causou.
A segunda é formada pelo conflito da história e a identificação dos personagens, mostra que são completamente opostos e que a relação não pode dar certo por ambos serem comprometidos e etc.
A terceira seria montada pelo flashback da adolescência dela na época nazista e a conclusão de toda história.
Para criar a hipnótica narrativa do filme o diretor inspirou-se na montagem dos filmes russos mudos, fazendo passado e presente coexistirem simultaneamente, com a memória se imiscuindo na realidade.
Esse filme retrata a relação de uma mulher francesa e um homem japonês, uma enfermeira do pós-guerra em Hiroshima e um arquiteto. Ambos, separados dos cônjuges, tornam-se amantes entre a devastação, a hecatombe hórrida resultante dos efeitos do rebentamento da arma atómica americana. Simultaneamente, conta-se uma outra história de amor na França ocupada pela Alemanha, na forma de flashbacks.
ResponderExcluirDesde o primeiro diálogo do filme entre os amantes, o espectador lança-se nessa nova modalidade lírica. É um diálogo de conflito, de oposição e de luta amorosa, este fala sobre a guerra, bem antes de falar de amor e é por esses diálogos iniciais que temos a noção do problema: as interrelações entre o amor e a guerra.
A principio o filme parece se tratar de um documentário, da qual era a idéia original do autor. As cenas iniciais onde são mostradas imagens das vítimas e consequências do Bomba, foram muito bem escolhidas, fazendo o expectador sentir um pouco a experiência vivida por aquelas pessoas, e tais cenas paralelas com o cenas do casal de amantes.
ResponderExcluirA montagem do filme consegue expressar a confusão que a personagem passa, com muitos flashbacks, mudanças de fotografia e caracterização dos personagens.
Uma série de conversas, consistidas pela narração dela e "ele" ajudando no processo de confusão.